A distância transaccional – conceito introduzido por Moore em 1980, com o objectivo de medir o envolvimento dos alunos de cursos de Educação à Distância, sendo definida com função do diálogo e da estrutura.
Segundo este Autor «...uma distância transaccional mais pequena seria um sinal de maior envolvimento do estudante...», estabelecendo para estudo e verificação do Grai de Transaccionalidade, três factores essenciais, cada um deles com uma função diferente:
* Diálogo Educacional – Maior diálogo entre a turma – alunos e instutor – será um sinal de maior envolvimento e menor será a distância transaccional - baixa estrutura, elevado diálogo;
* Estrutura do Programa – Se a estrutura providenciada pelo instrutor for muita elevada pode originar a desmotivação do aluno causada pela perda de controlo sobre a sua aprendizagem, havendo da sua parte menos compromisso com o conteúdo e ausência de discussão nas aulas, aumentando a distância transaccional.
* Autonomia do Aluno – (este factor foi introduzido pelo Autor posteriormente, em 1996) interage com os dois factores anteriores, demonstra o nível de controlo do aluno sobre o planeamento, a execução e a evolução da sua aprendizagem.
Os três factores juntos formam, segundo Moore e Karsley, a Teoria da Distância Transaccional, fundamental para compreender o papel do aluno, de certa forma a sua motivação e o seu interesse pela aprendizagem, e o modo como se relaciona e responde com as aulas de educação à distância.
No entanto, outros autores surgiram, com perspectivas diferentes e exploração de novas variáveis.
Seba e Shearer, (1994) exploraram o conceito de distância transaccional desenvolvendo um modelo dinâmico em que a «...distância transaccional aumentava com os aumentos de diálogo e diminuía com os aumentos de estrutura.».
As variáveis desde modelo eram:
* o controlo do instrutor - designado como directo ou indirecto e determinavam os valores para a estrutura;
* o controlo do aprendiz - designado como activo ou passivo, determinantes para valorizar o diálogo.
Garrison e Baynton, (1987) investigaram o conceito de autonomia do estudante, considerando-a como função da independência, do poder e do suporte, identificando elementos da estrutura do curso, desde os objectivos ao próprio ritmo como indicadores de menos autonomia.
Estes autores esclareceram ainda que os conceitos / variáveis independência e autonomia foram mal definidos pois o seu uso é orientado mais para os fins de educação à distância de adultos do que para o estudo da Distância Transaccional. Sugerem, ainda, que as dimensões usadas para autonomia - independência, poder e suporte e os elementos de distância transaccional -diálogo, estrutura, autonomia - estão interligados de uma forma muito complexa daí que os progressos em estrutura podem nem sempre significar perda de autonomia.
Em conclusão uma citação retirada do Texto de Ravem M. Wallace (2003) «…a teoria da distância transaccional tem funcionado como teoria descritiva mais do que preditiva, embora tenha potencial evidente para ser correlacionada com os resultados obtidos nas diferentes variáveis.»
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
1.1. Distância Transaccional - Teorias e Conceitos
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